quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Os 10 Mandamentos Da Miss

Olá amigos do Vida De Miss!
Ontem organizando os meus e-mails encontrei esse texto muito bacana, que devo ter achado originalmente em alguma das minhas andanças por este universo da internet.
Hoje eu trago para vocês os 10 mandamentos da miss, confiram logo a seguir!
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Os 10 Mandamentos Da Miss
1° - Sorrir sempre, mesmo que a situação seja desfavorável. Saber perder ou ganhar  com o mesmo sorriso. O importante é participar;
2° - Ser boa amiga de todas as outras concorrentes. Não as ver nunca como adversárias e não falar delas nada que as desabone, mesmo se tiver alguma razão
para isso. Seja sempre simpática, nada de esnobismo;
3° - Seja sempre pontual. Pontualidade é a maior prova de elegância;
4° - Ter muita paciência com todos os que a procurarem, ainda que para coisas banais;
5° - Aceitar com naturalidade a imprensa. Não reclamar do assédio dos repórteres ou dos fotógrafos;
6° - Dedicar-se inteiramente ao concurso;
7° - Comparecer a todas as festividades, principalmente as organizadas pelos programadores do concurso;
8° - Procurar estar sempre com elegância e  simplicidade:
9° - Obedecer a sua disciplina rígida, para evitar comentários maldosos;
10° - Ter muita vontade de vencer. Mas sempre com espírito de esportividade, capaz de aceitar resultados mesmo que não concorde com eles.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Vídeo: Entrevista de Giselle Hubbe para o Boa Tarde Rio Grande do Sul após a vitória

Boa noite amigos do Vida De Miss!
Estreando os vídeos do nosso blog hoje eu compartilho com vocês essa entrevista super bacana dada pela nossa miss Brasil deficiente visual 2011 Giselle Hübbe juntamente com seu acessor Fábio Verçosa_, para o Boa Tarde Rio Grande do Sul, da rede Bandeirantes, alguns dias após a conquista do título! Ela que foi a primeira, a primogênita, inédita, imortal e eterna...
A modelo e o seu acessor falam sobre a emoção do concurso, vale apena conferir! http://www.youtube.com/watch?v=4GIpK8brEFc

Últimas novidades sobre os treinos!

Olá amigos do Vida De Miss!
Ontem se iniciou mais uma semana de treinos na Studio Personal Fitness com meu personal Fábio, como ocorre todas as segundas-feiras.
O treino foi bem puxado, digno de uma candidata a miss! 15 minutos de caminhada no elíptico, exercícios de perna no legging e na cadeira de adução e abdução, além de trabalhos livres com caneleira, um trabalhinho de equilíbrio, exercícios de braço no voador, trabalho livre de ombro com alteres e abdominais cruzados!
Positiva surpresa tive ao ouvir meu treinador dizer nesta manhã "eu sei que você pode sempre mais".
É isso aí! Gosto sempre de quem busca o melhor de mim. Gostei muito de ouvir meu treinador falar isso.
Pois bem, em relação aos treinos, temos duas novidades para o momento: a primeira é que hoje quando eu vinha da academia pra casa encontrei minha antiga treinadora Andréia Vitória Reis, que me treinou inicialmente na academia do Grêmio Aquático e ela me contou que agora está com uma sala de Pilates em uma clínica de estética aqui da minha cidade.
Fiquei bem interessada, pois como todos sabem já há algum tempo estou procurando um bom estúdio de pilates para aliar com a academia.
Ela ficou de me passar orçamento, vamos ver se está nas minhas condições! No momento estou arcando com todas as despesas do sonho, mas caso funcione esta poderá ser a volta de uma antiga parceria que deu certo.
A segunda novidade é que estou pretendendo voltar com os treinos autônomos de dança que eu fazia em casa no verão passado. Dançar é bom, me faz bem, eu adoro e queima muitas calorias é claro! Modelos estão sempre queimando calorias, até quando acabam as calorias para queimar. O corpo tá ficando bem legal, mas não dá pra dar molesa!
Se tudo correr como o esperado, voltarei a dançar nas manhãs de terça e quinta-feira, que não tem academia. Preciso voltar. Faz bem pra mim. O inverno é uma estação preguiçosa por excelência, me deixa mole e preguiçosa, mas isso é assunto para um novo post que quero fazer especialmente para tratar do tema "inverno". Preciso voltar a ativa!
Mas antes disso, aguardemos para ver se será possível encaixar e encorporar o pilates. Vejamos se haverá uma boa relação custo/benefício, principalmente em relação ao custo, que deverá estar nas minhas possibilidades para dar certo.
Quero transmitir a todos o melhor conteúdo possível sobre moda, diversidade, inclusão e todos os aspectos que envolvem o concurso de miss deficiente visual, desde a preparação até o grande momento, para que todos possam ter uma idéia precisa de como funciona, com riqueza de informações.
Assim também sobre a vida de modelo e todos os aspectos relacionados a esse universo fascinante!
Eu me lembro quando demonstrei o interesse em participar do Miss Deficiente Visual e fui em busca de informações.
Encontrei algumas coisas na internet, mas as contribuições mais relevantes chegaram mesmo pelas meninas que participaram das edições anteriores do concurso.
Em contato que realizei com nossa miss DV 2012, Karolline Sales, ela gentilmente me sedeu uma pasta com diversas entrevistas da época do concurso, que colaboraram para a reunião das informações deste blog. Todavia, tanto nas pesquisas que realizei na internet como nas entrevistas da Karoll, senti falta de informações sobre o período preparatório e dados importantes como as medidas.
Por isso que agora, para a próxima edição do concurso Miss DV, cuja realização é incerta e dependerá do apoio que vamos obter - ou não- por parte das demais associações de deficientes visuais, estou montando meu próprio período preparatório e disponibilizando tudo para vocês em tempo real!
Não se sabe ao certo se teremos outro concurso, se eu vou vencer alguma coisa então muito menos, mas o que importa é o legado que vai ficar, fora o fato de que, de toda forma, tudo que eu estou fazendo está valendo apena, pois trouxe melhorias na minha vida, além é claro de que sou modelo coordenada pelo Henrique Leques, então estar em forma é importante sempre!
Atualmente, meus treinos contam com exercícios aeróbicos em aparelhos como a esteira e o elíptico, além de exercícios de musculação para os braços, pernas e barriga, alguns trabalhos de equilíbrio e também posturais, mas para que possam ter uma idéia mais exata, em breve disponibilizarei alguns vídeos com meus treinadores e fotos também.
Só peço desculpas se , eventualmente, eu não conseguir fazer a descrição de todas as fotos sempre, pois esse trabalho é feito de forma voluntária por uma amiga, mas farei sempre o melhor possível para a acessibilidade do conteúdo.
Bom galera, por agora eram estas as minhas considerações. Aguardem as próximas novidades!
Um forte abraço a todos!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Por Amor ao Movimento!

Olá amigos do Vida De Miss!
Foi com grande orgulho que participei, na tarde de ontem (domingo 17 de agosto), da solenidade para entrega das demandas do nosso município junto ao governador Tarço Genrro.
O evento aconteceu na prefeitura de Carazinho, as 16 horas deste último domingo e reuniu representantes para a entrega das demandas mais urgentes do município.
Na ocasião, os representantes do Conselho Municipal dos Direitos Da Pessoa Com Deficiência (CMPD Carazinho) entregaram pessoalmente ao governador Tarço Genrro o documento com o pedido de cedência de um pavilhão onde irá funcionar o Centro de Reabilitação das Pessoas Com Deficiência de Carazinho, que ganhamos após a última votação pública das principais demandas do nosso estado.
Nessa votação a ACADEV (Associação Carazinhense Dos Deficientes Visuais) concorreu pelo centro com a APACE (Associação Passofundense de Cegos) e ganhou a disputa.
Na condição de sócia fundadora da ACADEV fui convocada para participar da solenidade de entrega do documento de cedência do pavilhão para o governador e, apesar de não ter dito nenhuma palavra, sinto-me imensamente feliz por participar!
Na condição de sócia fundadora da ACADEV quero dizer o quanto me orgulho de ter ajudado a fundar esta entidade, que me orgulho de ajudar tantas pessoas através dela, e igual orgulho sinto de contribuir para o desenvolvimento da APACE, onde atuo como conselheira fiscal.
O mais importante é trabalhar sempre em pról das pessoas com deficiência! Eu vi a ACADEV nascer, crescer e tenho amor por esta entidade, pelo trabalho que está sendo desenvolvido e pelos cegos que são beneficiados pela associação.
Eu tenho amor pelos deficientes visuais e o meu maior sonho é trabalhar por eles, é poder fazer a diferença. E justamente por ter presenciado "quase de camarote" o desenvolvimento da ACADEV, que tenho grande orgulho do que ela se tornou, dos gestores que hoje nela trabalham e de estarmos conseguindo esse sonho!
Mesmo sem falar nada, senti-me orgulhosa por estar lá ajudando, contribuindo, fazendo a minha parte. Todas as batalhas são difíceis, principalmente em se tratando de política.
Há sempre o ônus e o bônus de participar do Movimento Político Dos Cegos Do Brasil, mas tudo isso vale apena quando através da luta conseguimos conquistar o que estava-mos almejando.
Estou muito feliz, lisongeada e grata. E tudo isso, claro, vem de encontro ao conteúdo deste blog, afinal assim se dá o início da minha vida pública, que bebê ainda dá seus primeiros passos, mas vem justamente de encontro a um dos meus lemas como futura miss: "Ser Miss Começa Agora!"
Parabéns ACADEV, parabéns a nós deficientes visuais de Carazinho, e muito obrigada por eu ser parte dessa história.
Na ACADEV e na APACE, e onde eu estiver, quero lutar pelos deficientes visuais, para que tenhamos cada vez mais conquistas no movimento.
A união faz a diferença!
Com muito amor...
Taís da Rocha - futura miss se Deus quiser!

sábado, 16 de agosto de 2014

Entrevista com João Dória Júnior: Principais Qualidades De Um Bom Líder

Olá meus queridos leitores do Vida De Miss!
Hoje eu compartilho com todos vocês algo muito bacana que eu vi esta semana na televisão e achei interessante trazer para este blog.
Pois bem, na última quarta-feira estava eu assistindo o programa Agora É Tarde, apresentado na rede Bandeirantes pelo Rafinha Bastos e o entrevistado da noite era o empresário João Dória Júnior, que apresentou o programa "O Aprendiz" por dois anos no lugar do Roberto Justos.
Não que eu goste do João Dória, mas uma das perguntas feitas pelo Rafinha Bastos ao entrevistado me chamou bastante a atenção e achei realmente interessante, motivo que me leva a compartilhar este conhecimento com todos os leitores deste blog na tarde de hoje!
Antes de entrar na questão propriamente, gostaria de destacar que aprecio o programa "O Aprendiz".
Ainda que o programa seja bastante rígido, realmente traz importantes conhecimentos sobre o sucesso, liderança, empreendedorismo e todas as qualidades de um bom empresário.
Gosto muito da forma de trabalho do Roberto Justos e aprendo muito com ele.
Mas voltando à entrevista do João Dória, a pergunta era: "Na sua opinião, quais as principais características que uma pessoa precisa ter para ser um bom líder?"
Particularmente, gostei muito da resposta dada por João Dória, então, vamos a elas!
Conforme as palavras do entrevistado, um bom líder deve ter as seguintes características:
* Humildade; não se pode ser um bom líder sendo arrogante.
* Talento; não existe nenhum bom líder que não tenha talento.
* Pluralismo; um bom líder deve saber trabalhar em equipe, deve sempre dizer "nós somos" e jamais "eu sou" e deve pensar sempre em todos.
* Perseverança.
Todos sabemos, ou ao menos eu concordo, que uma boa miss para conquistar o título e realizar um bom reinado deve possuir características de liderança. Deve ser uma líder por excelência.
Não que ela deva ser perfeita, mas talvez quase.. Afinal trata-se de um ícone, alguém para quem todos os olhares estarão voltados, pelo menos durante o ano do seu reinado.
Gostei muito da resposta trazida por João Dória Júnior sobre a liderança, e espero que vocês gostem também! Afinal, considerando todas as características que deve ter uma boa miss, o conceito de liderança e as suas cqaracterísticas são bastante aplicáveis a este blog.
Um forte abraço a todos, e em breve volto com mais novidades!
Espero sinceramente que estejam gostando deste espaço inclusivo!

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O que é Moda Inclusiva?

Olá amigos do Vida De Miss!
Como todos sabem, um dos objetivos deste blog é tratar da moda inclusiva.
Mas aí surge para muitos a inevitável pergunta: afinal, o que é moda inclusiva?
Eu mesma não conhecia essa modalidade inovadora da moda e acredito que deve ser ainda pouco conhecida e explorada.
A primeira vez que ouvi falar sobre moda inclusiva foi em uma entrevista da nossa Miss Brasil Deficiente Visual 2012, Karolline Sales, onde ela falava sobre o traje típico que usou na grande final representando o estado de São Paulo como pólo da indústria têstil.
Contava nossa miss que o vestido foi confeccionado com aplicações de miniaturas depeças de roupa, costuradas no tecido, para representar a moda inclusiva tátil. E foi assim que eu conheci essa nova modalidade da moda.
Foi então que, instigada a buscar um maior conhecimento sobre o tema, realizei algumas pesquisas e percebi que de fato a moda inclusiva faz parte de um mercado inovador da moda, que se preocupa com o bem-estar das pessoas com os mais diversos tipos de deficiência.
A moda inclusiva é uma proposta de moda sustentável que visa trazer mais conforto e bem-estar às pessoas com deficiência, além de promover a inclusão permitindo que, da mesma forma que os demais, também as pessoas com deficiência saibam o que vestem e possam sentir-se bem e criar seu próprio estilo.
Assim, durante as pesquisas que realizei encontrei uma cartilha promovida pela Secretaria Dos Direitos Da Pessoa Com Deficiência Do Estado De São Paulo, que traz em seu conteúdo um conhecimento maior sobre o tema moda inclusiva, o conceito, o histórico, a importância e até exemplos de alguns looks que já foram desenvolvidos!
O documento original está em formato .pdf, inacessível às pessoas com deficiência (pelo menos eu só consegui ler na própria página html), mas eu passei para .doc e gostaria de compartilhar com meus leitores este conhecimento!
Aproveitei para ler toda a cartilha e quanto mais conheço a moda inclusiva, mais me encanto com ela.
Vale apena ler!
Segue abaixo a cartilha sobre moda inclusiva, promovida pela Secretaria Dos Direitos Da Pessoa Com Deficiência do estado de São Paulo:
Desejo a todos uma boa leitura!
Moda Inclusiva: perguntas e respostas para entender o tema
SECRETARIA DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA DO ESTADO DE São Paulo
Linamara Rizzo Battistella, Secretária Dos Direitos Da Pessoa Com Deficiência
APRESENTAÇÃO
Lançado em 2009, o Concurso Moda Inclusiva convida estudantes de cursos técnicos e universitários, e profissionais da área de todo o País a produzirem
looks para pessoas com deficiência. Os melhores trabalhos inscritos são apoiados com fornecimento de tecido para a confecção das roupas e participam do
desfile final em um grande evento. Os três melhores colocados são premiados. Inédito no âmbito internacional, o Concurso Moda Inclusiva é anual e incentiva
os participantes a lançarem um olhar fashion e desenvolverem soluções que facilitem o cotidiano da pessoa com deficiência. A criação de etiquetas e solados
de calçados em braile, por exemplo, fornece ao consumidor maiores informações sobre o produto e promove a inclusão social do indivíduo. A iniciativa, que
propõe uma reflexão comportamental, estimula alunos, profissionais e o mercado da moda a abordarem o tema. Motivados pelo Concurso, hoje é possível encontrar
trabalhos acadêmicos que discorrem sobre moda inclusiva, e assim a discussão perpassa a sociedade, e todos os envolvidos disseminam este conceito. Vamos
incluir! A moda a nosso favor!
O QUE É MODA INCLUSIVA?
Moda inclusiva é uma proposta de moda que propõe incluir tipos de corpos que a
indústria hoje não contempla. Todos sabemos dos rígidos padrões da moda tradicional, onde apenas um tipo muito específico de corpo é olhado: principalmente
pessoas altas, magras e sem nenhum empecilho de movimento. A Moda Inclusiva vai além e pretende incluir pessoas com deficiência. Porque elas existem e
são muitas, quase um quarto de toda a população brasileira (*). O projeto, foi realizado pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência,
do Governo de São Paulo. Atualmente o moda inclusiva atua em duas principais frentes: os concursos promovidos entre jovens designers e o fórum de discussão
que reúne especialistas de todos os gêneros. Democratizar a modaÉ indiscutível a importância da moda no dia a dia de todos os cidadãos. A moda é algo que
nos acompanha desde a hora em que acordamos e abrimos nossos guarda-roupas para nos vestirmos. A moda se faz presente quando temos que decidir a roupa
de uma reunião de trabalho, a roupa de um evento especial e mesmo a roupa adequada para ir à esquina comprar pão. É a nossa embalagem, o modo como nos
apresentamos ao mundo. Por isso, deve ser democratizada, humanizada. Deve inclusive olhar para aspectos como a ergonomia, a mobilidade e a funcionalidade
de suas peças. No Brasil existem 45, 6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, representando 23,9% da sociedade, segundo Censo de 2010, do
IBGE.
Roupas que embelezem, e facilitem a vida
O projeto Moda Inclusiva parou para pensar e investigar as dificuldades de uma pessoa com deficiência na hora de se vestir e encontrou inúmeras delas. Como a necessidade de ter uma etiqueta indicativa em braile para saber a cor da roupa que está escolhendo, porque também tem o direito de se sentir bem com o que veste, ainda que não veja. Alguém que não tem um braço precisa encontrar modos mais práticos para fechar o zíper de seu casaco e assim ser mais autônomo. Ou então, para os que vivem a vida sentados numa cadeira de rodas, é preciso encontrar soluções mais confortáveis, e igualmente bonitas. Os exemplos são infinitos, porque também são infinitos os tipos
de pessoas que existem neste mundo. É inegável o direito que as pessoas com deficiência têm de se vestirem com dignidade. De se sentirem bem apresentadas.
O projeto Moda Inclusiva tem o objetivo de fazer com que a sociedade entenda o tema, e estimular pesquisa e criação de mercado para essa faixa da população.
Quanto mais pessoas forem incluídas no sistema da moda, mais o mercado cresce e mais pessoas conseguem se sentir bem no dia a dia da vida. Inclusive os
que não possuem deficiência. Segundo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006), "pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos
de natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade com as demais pessoas". O conceito, no entanto, foi modificado recentemente. Hoje a restrição ao um modo de viver pleno tem como foco não a pessoa,
mas a interação dela com o meio ambiente onde vive, que pode ter barreiras que pioram ou melhoram a qualidade da vida.
O QUE ESTAMOS FAZENDO A RESPEITO?
Tudo começa com a criação, em 2008, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Foi a partir deste momento que instituiu-se a missão de garantir o acesso das pessoas com deficiência no Estado de São Paulo "a todos os bens,
produtos e serviços existentes na sociedade" (trecho da lei complementar no 1.038, de 6 de março de 2008). E a moda está dentro dos bens, produtos e serviços. O
1o Concurso de Moda Inclusiva foi realizado em abril de 2009, já com esse intuito de promover a criatividade e a discussão de um tema completamente novo
até então. O mundo da moda brasileiro ficou atento e foi envolvido nesse concurso, que teve parceria com Pensemoda e a empresa Vicunha. O Pensemoda é o
grande evento de discussão e filosofia de moda do País. E a Vicunha uma indústria têxtil de peso que fornece para grandes marcas brasileiras. A partir do
2o Concurso, nomes importantes como a Rede Globo, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro e o Museu da Língua Portuguesa se juntaram aos apoiadores. Escolas
brasileiras e estrangeiras de design começaram a observar a temática. Jovens pensantes e realizadoresO principal resultado que se vê desde o primeiro concurso
foi o nascimento de um novo pensamento. Os concursos estimularam jovens designers a exercerem sua criatividade num campo inédito, instigante e necessário.
Muitos passaram a defender teses na universidade a respeito, a especializar-se no assunto. Não à tôa os looks criados por alguns desses designers chegaram
a desfilar em Milão, capital da moda italiana, em maio de 2012, como referência de um projeto exclusivamente brasileiro que pode servir de exemplo para
todo o mundo.
Por que a moda inclusiva é sustentável?
Existem muitas discussões sobre o tema da sustentabilidade. Pensa-se que sustentabilidade ainda é o mesmo que ecologia. Mas o assunto é muito mais amplo. A ecologia, que é a preocupação com os recursos ambientais que nosso Planeta apresenta,
é uma parte da sustentabilidade. O conceito do que é sustentável, no entanto, inclui hoje em dia algo tão óbvio e tão esquecido: a sociedade. Um produto
sustentável, então, não é apenas um produto que não polui a terra, a água e o ar. Um produto sustentável hoje em dia não prejudica o planeta e nem o ser
humano. As formas de respeitar o ser humano na produção de uma mercadoria são várias, como por exemplo: usar trabalho humano digno, sem violar direitos,
oferecer produtos que respeitem o direito dos consumidores, com materiais adequados, e enxergar, com respeito, os diversos tipos de consumidor que existem.
Indústria sustentável respeita o ser humanoUma indústria verdadeiramente sustentável é aquela que aprendeu também que o consumidor tem milhares de particularidades.
Não existe um único tipo de pessoa que compra detergente, liquidificador e roupa. A indústria sustentável sabe que precisa atingir consumidores que até
hoje não foram olhados. De pessoas acima do peso a pessoas que, por exemplo, não têm todos os membros e funções do corpo. O que são chamados de "modelos"
no mundo da moda, na verdade não são modelos dos seres humanos. Porque o ser humano não é único e a verdadeira sustentabilidade está de olho nisso. Isso
é responsabilidade social.
Por que a moda é um assunto tão importante para  a pessoa com deficiência?
O mercado da moda é um assunto importante para todos porque dependemos dele para
nos apresentarmos ao mundo. Vivemos vestidos, e o modo como fazemos isso reflete nossa personalidade. Na vida social a roupa cumpre muitas funções, que
podem ser funções triviais do dia a dia, ou mais sérias e cerimoniosas. O vestuário vai muito além da vaidade. É um item necessário para a vida que vivemos.
E esse aspecto é tão ou mais importante para uma pessoa com deficiência. Experiências recentes e conversas com especialistas, feitas pela equipe criadora
do projeto Moda Inclusiva, têm constatado que a moda, quando feita sob medida, melhora a auto-estima das pessoas com deficiência. Não é difícil entender.
Se uma pessoa que tem atualmente facilidade em se vestir (porque não possui nenhum tipo de deficiência) se sente bem com uma roupa que lhe caia bem, na
pessoa com deficiência a felicidade duplica. Porque com a roupa certa ela não adquire apenas beleza, mas um valor precioso que é a autonomia de conseguir
vestir-se sozinha. É o poder de sentir-se confortável como todos os outros, porque se vale de modelagens diferenciadas pensadas para facilitar a vida delas.
Sem contar a facilidade de saber o que se está escolhendo. Uma pessoa com deficiência visual que queira escolher uma roupa consegue descobrir como é feita
apenas se encontra etiqueta explicativa em braile, por exemplo. Sabe o gesto aparentemente tão simples de acordar de manhã, escolher uma calça de uma cor
que se quer, e vesti-la em menos de um minuto? Para pessoas com deficiência esse gesto é uma conquista, ou até um sonho. Talvez quem não possui alguma
deficiência se lembre disso quando quebram um braço, ou quando adquirem uma idade avançada e os movimentos podem ser comprometidos. Por isso, esse novo
conceito de moda visa facilitar o cotidiano das pessoas com deficiência apresentando soluções e inovações nas modelagens das peças e em seu acabamento
estendendo o conforto para todas pessoas com ou sem deficiência.
O que muda no design das roupas de moda inclusiva?
O mundo do design pode, e muito, colaborar para que a Moda Inclusiva conquiste seu
espaço no mercado. Porque o design é um instrumento que resolve boa parte das situações do nosso dia a dia. O banco do ônibus foi desenhado por alguém,
a cafeteira que usamos foi desenhada por alguém, o sapato que nos ajuda a caminhar, também. Praticamente tudo o que nos rodeia na vida urbana foi desenhado
por alguém. Quando um designer, como acontece no Concurso de moda inclusiva, pára para pensar nas necessidades de uma pessoa com deficiência, muitas soluções
e ideias novas são encontradas. No Brasil, essa investigação de design começou com o primeiro concurso em 2009, e até agora muitas ideias foram experimentadas:
modelagens diferenciadas com aberturas estratégicas no cós da calça ou no decote da camisa, fechamentos com velcro ou íman que são mais práticos, bolsos
apenas em lugares úteis para não machucar quem fica sentado numa cadeira de rodas, etc. Soluções novas surgem a cada ano e no dia em que essas mentes criativas
forem usadas pela indústria de moda para atender essa fatia de mercado completamente esquecida, uma boa parte da sociedade vai ser beneficiada. InovaçãoDentro
do campo do design, pensar num tipo de moda completamente diferente do que foi pensado até hoje significa inovar, romper barreiras e ganhar valores de
vanguarda. Pensar na Moda Inclusiva pode ser estimulante para os designers que têm como objetivo contornar limites e pesquisar materiais especiais. Valoriza-se
assim a função dos tecidos, dos recortes, o deslocamento das costuras, as posições dos pontos e bolsos. Materiais podem ser substituídos: o zíper pelo
velcro, o velcro pelo íman e assim por diante. Quanto mais a pesquisa avança, mais se encontram soluções para essa nova moda. E esse é o papel do designer,
inovar sempre para o bem da função e da estética.
O que o Brasil ganha com isso?
O Brasil está num momento de crescimento cultural e econômico,
com aquecimento do mercado interno e  projeção externa. Sendo um país de história recente, não tem ainda tradições arraigadas como os países do Velho Mundo.
Devemos, neste momento, aproveitar todo nosso vigor e disponibilidade para criar a nossa história com riqueza e dignidade. E isso só é possível se apresentarmos
ao mundo, e a nós mesmos, valores genuínos de nossa identidade. Somos um país com muitas excelências, com muitos talentos e recursos espalhados pelo nosso
vasto território. Chegou o momento em que temos que organizar a casa e ver onde somos realmente bons.
Uma das nossas excelências que tem tudo para se consolidar é a sustentabilidade. Nosso
mercado de moda está em crescimento, vide as grandes manifestações no eixo São Paulo e Rio de Janeiro, sem contar as inúmeras escolas de moda e design
que pipocam por todos os estados. E agências de pesquisa, e novas confecções que crescem apenas se valendo do nosso robusto mercado interno. O resto do
planeta já está de olho no que estamos produzindo, no nosso próprio estilo. Uma indústria que pode ser brasileiraNão existe ainda uma oferta de mercado
na moda inclusiva. É difícil encontrar empresas que desenvolvam esses produtos. Um familiar ou cuidador que queira encontrar uma roupa específica para
quem tem limites de locomoção deve se esforçar muito para procurar, e no máximo adquirir algumas peças pela internet. A moda inclusiva é um novo modelo
de negócio, com um grande potencial de consumo interno e externo, à espera de seu desenvolvimento. Já existem pesquisas, já existem jovens que estão se
especializando no assunto, e no Brasil temos matéria-prima e inteligência para desenvolver coleções lindas, criativas e verdadeiramente com estilo. A indústria
de moda tem muito o que ganhar se aumentar a oferta de roupa com o conceito inclusivo. Só no Brasil, são 45, 6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência,
o que representa 23,9% da população, como já citamos.
Moda inclusiva, do Brasil para o mundo
Estreia do projeto Moda Inclusiva em Milão, ItáliaEm maio deste ano (2012), o projeto
Moda Inclusiva estreou na passarela da Fiera Milano, o maior local expositivo de Milão, capital da moda italiana. A convite da associação milanesa Atlha,
que se ocupa de projetos para pessoas com deficiência, o Moda Inclusiva fez parte do evento que se chama "L'Anormalità della Bellezza", uma espécie de
trocadilho entre a palavra normalidade e anormalidade da beleza. O grande objetivo deste evento, com uma mesa de discussões no qual participou Daniela
Auler, gestora do projeto Moda Inclusiva, era discutir o "Direito à Beleza". No final do evento, jovens e crianças com algum tipo de deficiência foram
maquiados e vestidos com diversos looks, muitos dos quais foram desenhados por designers brasileiros. Os looks levados pela Secretaria a Milão foram considerados
a semente de uma discussão de ponta. As roupas foram criadas pelos brasileiros que participaram do Concurso Moda Inclusiva e já tinham sido desfiladas
em edições anteriores, em São Paulo. A mídia percebeu o feito e publicou artigos a respeito. Uma página da Vogue Itália falou sobre o evento e o projeto
brasileiro. O reconhecimento italiano das nossas propostas pode servir como um bom estímulo porque a Itália é um país historicamente forte em manifestações
sociais e de moda. Ser convidado por uma associação (Atlha) que tem parcerias com diversos países do globo (Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Israel,
Inglaterra, Bélgica, etc.) é mais um indício, entre tantos outros, de que a iniciativa é forte. Forte porque original, única, autêntica e, além de tudo,
necessária
Exemplos de design inclusivo
Nos concursos realizados pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência,
muitos looks foram apresentados usando o conceito da moda inclusiva. Veja nas páginas seguintes alguns exemplos de propostas que os jovens designers criaram.
Estilista LarissaLehmkuhl3ª Edição. Universidade       do Estado de Santa Catarina Estilista Larissa Lehmkuhl3a EdiçãoUniversidade do Estado de Santa Catarinamanga comprida destacável por velcro.
Manga comprida destacável por velcro. manga comprida destacável por velcro.
Porta-almofada nas costas para um conforto maior. Porta-almofada nas costas para um conforto maior.
Velcro no lugar de zíper, facilita o ato de vestir e despir.
Velcro no lugar de zíper, facilita o ato de vestir e despir.
Estilista Larissa Lehmkuhl 3ª Edição. Universidade do Estado de Santa Catarina
Abertura com velcro no decote para facilitar a passagem da cabeça
Abertura com velcro no decote para facilitar a passagem da cabeça.
Reforço interno no joelho, para a criança que mesmo cadeirante consegue "engatinhar".
Com costuras mais finas para evitar que machuque.
Reforço interno no joelho, para a criança que mesmo
cadeirante consegue "engatinhar". Com costuras mais finas para evitar que machuque.
Estilista Mariah Iscila 3ª Edição UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Estilista Mariah Iscila 3a Edição UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Aplicações de flores em relevo para estimular o tato.
Aplicação em Braille com a identificação do produto. Aplicação em Braille com a identificação do produto. Aplicações de flores em relevo para estimular o tato.
Estilista Letícia Nascimento 2ª Edição Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
O colete  possui ilhós interno nos bolsos esquerdo e direito, que acomodam fones de ouvido de parelhos de música e/ou celular e  os mantém sempre presos ao colete, dando maior  segurança e liberdade para as mãos.
Abertura para quem necessita de medicação e/ou alimentação por sonda externa.
Abertura total em zíper na lateral facilita o ato de vestir e despir
Abertura total em zíper na lateral facilita o ato de vestir e despirAbertura para quem necessita de medicação e/ou alimentação por sonda externa .
Estilista MarianaDuarte 2ª Edição SENAI Técnicas de costura em alto relevo, para estimular o desenvolvimento tátil - "Nervuras".
Estilista Mariana Duarte 2a Edição SENAI Técnicas de costura em alto relevo, para estimular o desenvolvimento tátil – "Nervuras".
Aplicação em Braille.
Aplicação em Braille. Aplicação em Braille.
Estilista AdautoCaramano2ª Edição Faculdade de Tecnologia de Jahu - FATEC- JAHU
Abertura frontal (total) em velcro, guiada por botões.
Etiqueta interna descritiva em Braille
Estilista Adauto Caramano2a EdiçãoFaculdade de Tecnologia de Jahu – FATEC-JAHUAbertura frontal (total) em velcro, guiada por botõesEtiqueta interna descritiva em Braille.

Algumas considerações sobre o texto "O que é ser miss pra mim"


Considerando que o texto "O que é ser miss pra mim" primeira postagem deste blog foi escrito há alguns meses e já pode ser considerado "velhinho", achei cabíveis algumas considerações a título de atualização.
Atualmente já fazem cerca de 6 meses que realizo meus treinos na Studio Personal Fitness regularmente três vezes por semana.
Adoro a prática de exercícios físicos e, como a regra número 1 de uma boa miss é a disciplina, sigo os treinos a risca e até hoje não tenho nenhuma falta, 100% de aproveitamento.
Treino todas as segundas, quartas e sextas-feiras, sob o comando mestre do meu personal trainer Luciano Albarello, que cuida dos meus treinos e está realizando um excelente trabalho.
Conforme as considerações do próprio Luciano, hoje, após seis meses de treinamento, já se pode notar melhoria significativa na postura, elasticidade, sem contar os dados comparativos entre as duas avaliações físicas, que disponibilizei na postagem anterior e que demonstram perceptível diminuição de medidas.
O professor Luciano me treina nas quartas e sextas-feiras. Nas segundas meu treinador era o também incrível Iorran Felix, que atuava em conjunto com o personal Luciano cuidando dos meus treinos.
E, de fato, o personal trainer é um personagem excencial na vida da miss, atuando de maneira decisiva, sobretudo na preparação pré-concurso, que é o meu caso. Com o tempo o laço que se cria entre a miss e o personal é algo como quase uma cumplicidade.
Eu me lembro quando quase perdi o personal Luciano para outra aluna, quase fiz um protesto para ele ficar, mas o importante mesmo é que ele ficou!
Da mesma forma com Iorran, que já desenvolvia um trabalho de excelência.
Iorran deixou de ser meu personal trainer a algumas semanas para seguir uma nova etapa em sua vida, e nesta última segunda-feira (11 de agosto) iniciou na academia o meu novo personal! Fábio é o nome dele. Por uma coincidência já o conhecia de outro lugar.
Qual foi a minha primeira impressão como aluna?
Particularmente, até o momento tenho a dizer que gostei de treinar com o Fábio, que assumiu meus treinos nas segundas-feiras, sobretudo porque pelo que pude perceber ele é o tipo de treinador que me fará superar meus próprios limites, e é assim que eu gosto de trabalhar.
Gosto de um treinador que nunca esteja satisfeito, que me puxe, que exija sempre mais de mim, que busque o meu melhor e principalmente que me faça ir além e nesse ponto penso que vamos nos dar muito bem.
No aspecto "exigir sempre mais de mim" tanto o personal Luciano como também o Fábio parecem ser bons.
De fato quanto ao personal Luciano, gosto demais de treinar com ele e só tenho elogios ao trabalho que estamos desenvolvendo juntos.
Muito importante essa breve abordagem sobre os treinos, pois o texto estava um pouco atrasado nesse aspecto, uma vez que os treinadores, assim como é natural em diversas coisas da vida, também mudaram nesses meses e considerando ainda que a página do blog no facebook está mais atualizada nesse sentido, daí a necessidade que senti em atualizar também a página oficial deste blog.
Muito embora este não seja um blog jurídico, eu gostaria também de atualizar meus queridos leitores em relação as minhas conquistas profissionais. Lembram que no texto "O que é ser miss pra mim" eu falava da graduação na faculdade de direito e do meu trabalho de conclusão de curso?
Pois então! É com imensa alegria que quero lhes contar sobre ambos.
O meu trabalho de conclusão de curso foi concluído com sucesso total! A parte escrita, que contou com 61 páginas, foi entregue no dia 30 de junho do corrente ano e a apresentação oral deu-se no dia 07 de julho.
O trabalho contou com o título:
A LEGISLAÇÃO SOBRE ÁUDIO-DESCRIÇÃO COMO AFRONTA AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: UMA REFLECÇÃO EM DEFESA DA IMPLANTAÇÃO DO RECURSO NA TV ABERTA
Este trabalho defendeu a necessidade de se reconstituir o texto original da portaria n. 310/2006 do Ministério das Comunicações, restabelecendo o cronograma de horas de áudio-descrição na TV aberta, bem como devolvendo a obrigatoriedade de veiculação de programação com áudio-descrição às emissoras com sinal analógico.
O trabalho ora referido obteve a nota máxima da banca examinadora, foi indicado para publicação e será publicado no repositório digital da Universidade de Passo Fundo e também na próxima edição da Revista Brasileira de Tradução Visual do professor Francisco Lima, uma das mais conceituadas revistas digitais sobre áudio-descrição do país após algumas correções de fonte indicadas pela própria banca.
E eu? Estou muito feliz, claro! Ser convidada a publicar meu trabalho na revista eletrônica do professor Francisco Lima é uma honrra indescritível. Já surgiram alguns convites para palestrar sobre o tema, mas no momento me encontro impossibilitada de aceitá-los em virtude da distância que ocorrerão os eventos.
O trabalho ainda precisa passar por algumas correções, mas a versão final para publicação será em .doc, acessível para todos os cegos.
Ao final deste post disponibilizo o link para download do áudio da apresentação oral, que ocorreu no dia 07 de julho deste ano, as 16 horas, no auditório da Universidade de Passo Fundo - Campus Carazinho. Está em formato .mp3, é só clicar no link, baixar e ouvir!
E quanto a minha colação de grau?
A última atualização sobre o texto "o que é ser miss pra mim" diz respeito a minha graduação na faculdade de direito.
É com grande alegria e orgulho que conto a todos vocês que no próximo dia 25 de agosto, as 20 horas, na Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo – Campus Central-, estarei recebendo o tão famoso e esperado canudinho!
Será uma serimônia simples de gabinete, apenas para os familiares e alguns poucos convidados, optei assim devido a perda do meu pai.
Estou muito feliz, concluí mais essa etapa!
O conhecimento é excencial para uma boa miss. A graduação faz de mim alguém, me engrandecendo em todos os aspectos. Não no sentido de ser grande, superior ou arrogante, mas sim no sentido de que o conhecimento sempre vem para enrriquecer o ser humano. E uma miss para ter um bom reinado também precisa de estudo e de cultura!
Por ora, eram essas as considerações cabíveis a esta postagem. Segue abaixo o link para download da apresentação oral do meu trabalho de conclusão do curso de direito!
https://dl.dropboxusercontent.com/u/3105476/monografia%20audio.mp3


sábado, 9 de agosto de 2014

Comparativo entre as primeiras avaliações físicas

Aqui estão os dados comparativos entre as duas primeiras avaliações físicas que eu fiz desde que iniciei os treinos na Studio Personal Fitness, o que demonstra os primeiros resultados práticos do treinamento intensivo!
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Dados comparativos entre a primeira e a  segunda avaliação física:
Data da primeira avaliação: janeiro de 2014
Data da segunda avaliação: 21 de maio de 2014
Dados comparativos:
Peso: 63.2 Kg – 58.7 Kg
Percentual de gordura: 25.6% – 20.69%
Perímetros:
Tórax: 82.3 cm – 78.7 cm
Cintura: 81.2 cm – 78 cm
Abdomem: 91.5 cm – 90 cm
Quadril: 99 cm – 95.7 cm
Antebraço direito: 24 cm – 24 cm
Antebraço esquerdo: 23 cm – 22.5 cm
Braço direito: 27 cm – 26.2 cm
Braço esquerdo: 25 cm – 24 cm
Coxa direita: 57.5 cm – 55 cm
Coxa esquerda: 54.6 cm – 54.6 cm
Panturrilha direita: 41 cm – 28.5 cm
Panturrilha esquerda: 36 cm – 36 cm
Dobras cutâneas:
Supra iliaca: 23 mm – 17 mm
Triciptal: 17 mm – 14 mm
Coxa: 26 mm – 20 mm
Como se pode perceber, os resultados são evidentes! Perda de medidas e ganho de massa magra. E ainda há muito a melhorar até o concurso de Miss!
Esta é uma tabela inicial das duas primeiras avaliações, mas postarei sempre conforme esses resultados forem atualizados.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Postagem inalgural

Boa noite aos visitantes, amigos e amigas do Vida De Miss!
Para abrir os trabalhos da página, como postagem inalgural trago esse texto que escrevi há algum tempo no meu perfil pessoal do facebook sobre o significado que tem para mim o sonho de ser miss deficiente visual!
O texto foi escrito há alguns meses, mas vale apena compartilhar! Nele eu conto como tudo começou, de onde surgiu, e penso que é importante que esta seja a primeira idéia a ser transmitida, antes mesmo de falarmos especificamente de beleza, moda e de todos os aspectos que envolvem a preparação.
Aproveitem, apesar de o texto ser meio velhinho, vale apena ler!
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O que é ser miss pra mim?
Ser miss pra mim, vai além de ganhar um concurso
Começa por um sonho, uma inspiração
Preparar-se para isso, na minha opinião, se inicia muito antes do momento do concurso
Considero o concurso de miss deficiente visual não somente um evento inclusivo, mas também um divisor de águas na minha vida pessoal.
O sonho de ser miss Brasil deficiente visual teve início para mim, aproximadamente em outubro de 2013 e trouxe para a minha vida uma grande transformação.
Um foco, um objetivo, que me transformou profundamente, a nível físico e espiritual
Me transformou da menina quieta em casa àquela que quer mostrar-se ao mundo
Daquela menina que vivia na frente do computador, àquela que hoje não viveria sem a prática de exercícios físicos
Decidi então que iniciaria um preparo que começou na academia do Aquático, na companhia sempre ótima e animadora daquela que sem pensar duas vezes, assumiu a função de minha treinadora integral, minha irmã, Juliana Freitag.
Meus antigos treinadores, muito embora a academia fosse coletiva, não mediram esforços para adaptar-se ao que seria treinar uma aluna deficiente visual para um objetivo tão importante.
Iniciei além dos treinos físicos 3 vezes por semana, a prática de boas leituras que  tão bem fizeram ao meu espírito.
Os treinos ao lado da minha irmã na academia do Grêmio Aquático de Carazinho perduraram até o final do mês de dezembro de 2013, mas era bastante longe da minha casa.
Eu amo a minha irmã, e por nada eu trocaria os dias divertidos que nós ia-mos ao Aquático, apé e depois com o matrocínio de uma bicicleta, admiro demais o seu desejo dela de continuar me treinando, mas eu sabia que logo ela se envolveria em outras atividades advindas da sua profissão de advogada, não achava justo nem correto depender dela, privá-la de suas coisas.
Eu queria aprender a andar de bengala, e assim fiz.
Durante o período que tive minha irmã como treinadora oficial e apoiadora número 1 da causa, além da academia eu fazia alguns exercícios em casa. Muitos treinos equilibrando um livro na cabeça, exercícios na bola gentilmente emprestada pela minha irmã, aulas de dança em coreografias malucas que eu mesma desenvolvia e fazia em casa, sozinha, por conta própria, sem qualquer patrocínio.
Através de um contato divino e abençoado com a amiga Josiane França, conheci o mestre Henrique Leques, da agência Anjo da Moda HL, de Porto Alegre, e hoje com muito orgulho posso dizer que sou um desses anjos.
cConhecer o mestre Henrique Leques sem dúvida mudou a minha vida, e é um grande orgulho ser uma das modelos da sua equipe.
Ao final de 2013, mais precisamente para o Natal, realizei meu primeiro book profissional pós-sirurgia, com recursos próprios, totalizando 50 fotos individuais com 4 looks diferentes: trage de gala, trage de banho e dois looks sem nome próprio, respectivamente.
Todas as fotos estão disponíveis no meu facebook no álbum sob o título "fotos de estúdio".
E amtes de enserrar essa parte desse texto, eu gostaria de dizer que foi um orgulho ter minha irmã sob o comando geral dos treinos naquele período.
Ela me ensinou o amor pela prática de exercícios físicos regulares, e hoje o dia que não tem academia eu quase tenho um piripaque, já não viveria sem eles.
Vale destacar também os dias de hidroginástica na piscina, as aulas produzidas pela minha irmã dos treinamentos com a bola de vôlei. A gente ia pra quadra e fazia treinamento com bola, de picar e pegar a bola. Cada vez que eu conseguia pegar a bola eu sentia uma melhora considerável no equilíbrio e sobretudo na coordenação motora.
Um carinho que eu jamais vou esquecer, minha irmã sempre será da minha equipe de profissionais, mesmo que essa equipe mude com o tempo, como já mudou. Eu jamais vou esquecer que foi ela que deu o insentivo inicial para tornar o meu sonho possível.
Decidida a ganhar minha independência, em janeiro de 2014 me retirei do Grêmio Aquático de Carazinho e iniciei os trabalhos na academia do SESC, a 3 quadras da minha casa.
Devido ao período de férias escolares tive tempo para aprender o caminho com a bengala e a minha mãe, professora, transcritora, apoiadora, matrocinadora, motorista, entre inúmeras e incontáveis funções que não recordo, assumiu a missão e me acompanhava nas primeiras vezes até eu aprender todos os pontos de referência que me levariam da minha casa até a academia.
Se eu pudesse definir a minha mãe em uma só palavra, acho que só uma poderia cumprir este papel de forma plena: incançável.
Depois de treinar até o fim das férias aprendi o caminho, embora no SESC eu não tenha permanecido.
A academia era coletiva, o ambiente era bom e eu estava começando a fazer amizades com os alunos que eram do mesmo horário que eu. Apesar da coletividade, mais uma vez percebi o empenho dos instrutores em adaptar-se da melhor maneira possível às necessidades da nova aluna cega.
Sim, cega. Sou deficiente visual, mas não gosto desse termo porque acho que ele transmite uma idéia equivocada que atenta à deformidade, à falta de um sentido e até a uma certa idéia de condição que nos torna inferior aos outros. Por isso, prefiro que digam que sou cega, sou ceguinha, sou cegueta e tenho muito orgulho disso.
Os novos profissionais do SESC se esforçaram para me prestar um bom atendimento nos treinos e os alunos não exitavam em ajudar quando não havia um instrutor disponível.
Entretanto, acredito que ainda há muitos aspectos a serem melhorados no SESC na questão inclusiva, motivo que me levou, no final de janeiro de 2014 a procurar a Studio Personal Fitness, que oferece um atendimento personalisado.
Muitas dúvidas assombravam a minha cabeça, como por exemplo, será que há a real necessidade de um profissional só para mim? E os amigos, será que vou ter outros amigos lá? Será que admitir que uma academia coletiva não tem uma estrutura adaptada às minhas necessidades e partir para algo mais profissional não seria uma forma de me auto excluir? Talvez eu que tivesse que me adaptar à academia e não o contrário?
Após diversas ponderações semelhantes a esta eu decidi. Optei por experimentar um atendimento personalisado na Studio. Falei sobre o concurso de miss deficiente visual, sobre os objetivos claros do meu treinamento específico, que não eram poucos para uma cega que nunca fez nada: melhora e correção postural, melhora do equilíbrio, melhora da flexibilidade muscular, um andar mais elegante, definição muscular, perda de medidas e de 4 quilos também.
Isso sem contar que a Studio era ainda mais perto da minha casa, só tinha uma rua para eu atravessar, ao passo que no SESC eram duas, o que facilitaria ainda mais o meu caminho com a Bengala.
Exitei, mas mudei. Fui para a Studio e lá iniciei um atendimento personalisado sob o comando do Jonas Berté, meu treinador por algumas semanas.
Comecei a descobrir então que a academia era cheia de instrutores, e alunos que faziam no mesmo horário que eu com outros instrutores. Logo todos eram meus amigos e isso desmistificou a idéia inicial de que um personal trainer poderia ser uma forma de auto-exclusão.
Iniciei dieta com nutricionista para atingir o peso desejado, aliando-a aos exercícios físicos, na luta incançável em busca de um sonho. E na verdade hoje percebo que optar por um personal trainer foi a melhor coisa que eu poderia ter feito por mim mesma.
Primeiro de fevereiro de 2014: um dia para entrar para a história
Foi naquele sábado de sol lindo e escaudante, primeiro de fevereiro de 2014, que se realizou nas dependências da Guarida Imóveis o desfile fotográfico o qual tive a honra de participar sob o comando do mestre Henrique Leques. Minha primeira participação oficial como convidada da Anjo da Moda HL, uma sensação indescritível para alguém que como eu desde criança alimentou o sonho antigo - e por muito tempo esquecido - de ser modelo.
Esquecido sim! Um sonho esquecido, enterrado pelo preconceito tão arraigado em nossa cultura, na certesa de que jamais em minha vida aceitariam uma modelo cega.
Deixem-me falar então desse sonho...
O sonho de ser modelo surgiu em mim aos seis anos de idade, ou sete talvez, quando além de cega eu contava com mais de 40 quilos. Eu tinha uma amiga, Roberta, coleguinha do ensino fundamental, que era magra e fazia um curso de modelo famoso na época, ela tinha um livrinho desse curso.
Foi nesse momento, interessada no livrinho, pedi emprestado, tirei Xerox e comecei a passar em Braille na reglet, um processo cansativo. O livro deveria ter uma 20 páginas no máximo, mas obviamente eu não consegui passar inteiro em Braille, muito menos utilizando um equipamento tão primário e manual como a reglet.
Cega, acima do peso, quem ia me querer como modelo? Esqueça o sonho, Taís! Foi o que eu fiz naquela época.
Durante toda a minha infância e adolescência eu fui gordinha e muitas vezes senti o preconceito duplo, tanto pela cegueira como por estar longe dos padrões de beleza socialmente aceitáveis.
Fiz vários regimes, nada adiantava. Eu voltava a engordar.
Esqueci o sonho de ser modelo, deixei para trás na certesa de que jamais se tornaria real.
Ao final do ensino médio descobri minha vocação para o direito ao realizar uma defesa oral do meu então colega Marcelo Dresch, acusado injustamente.
Iniciei os estudos na faculdade de direito em 2008, na época em que o cargo de gestão da UPF – Campus Carazinho era exercido por meu pai Orguim da Rocha.
2009: Eu perdia meu pai, que falecia jovem, aos 44 anos por problemas no coração, obeso, vítima de uma vida sedentária dominada pelo stress e pelo trabalho excessivo a que ele mesmo se condenava. Uma grande dor.. Uma grande perda.
Depois da morte do meu pai, depois de cuidar incançavelmente no hospital em Porto Alegre por 30 dias, vendo ele numa UTI, cheio de aparelhos, eu engordei 13 quilos, mas decidi: eu não queria morrer assim.
Em novembro de 2009, com 18 anos e 104 quilos e decidida a viver, me submeti a uma sirurgia bariátrica que me devolveu a vida e me tirou 50 quilos no peso mais baixo que já fiquei, que foram 54 quilos.
E tudo isso passou na minha cabeça no dia em que o mestre Henrique Leques me abriu os braços e o coração.
Emntão eu podia ser modelo? – podia sim!
O despertar de um sonho antigo
Se o direito é o meu amor, ser modelo também é o meu amor...
Conheci o evento miss deficiente visual certa vez em Porto Alegre em um almoço comemorativo do aniversário da ACERGS, oportunidade que me levou a conhecer a Giselle, uma menina encantadora nossa mis deficiente visual 2011.
Que legal! Uma miss deficiente visual? Pensei.
E aquele desfile fotográfico na Guarida imóveis me fez sentir uma sensação que não consigo descrever em meras e vãs palavras. Eu não sabia se ria ou se chorava, eu tinha vontade de chorar de alegria, mas aí eu lembrava da maquiagem.
Não chora Taís, vai borrar toda a maquiagem, eu pensava. Mas eu estava tão feliz, muito feliz!
Tenho a certesa que muitas oportunidades ao lado do mestre virão após eu terminar o trabalho de conclusão de curso que me levará à graduação na faculdade de direito.
O tema do meu trabalho?
Audiodescrição: em defesa da implantação do recurso na TV aberta – confeço que ainda preciso aperfeiçoar esse título.
A previsão de término é para o final de maio, com conseqüente apresentação em junho e a entrega tão esperada daquele canudinho...
Aliás vale destacar que uma das maiores decepções da minha vida foi quando eu descobri que dentro do canudo não tem o diploma e sim uma simples mensagem simbólica.
Então vocês se perguntam, Taís abandonaria a carreira jurídica pela de modelo?
Minha resposta? Jamais! Quero seguir as duas carreiras em consonância e harmoniosamente. O direito é o meu amor e a moda minha paixão. Me recuso a abandonar qualquer um, tampouco trocaria um por outro.
E vocês se perguntam: por que um texto tão grande publicado em uma rede social? Eu sou seu amigo leitor e isso está extenso, estou cansando.
Bom, tudo isso, tantas histórias, apenas para elaborar um conceito claro do significado que tem para mim o concurso e o sonho de ser miss deficiente visual.
Talvez também porque eu queira deixar um registro claro de quem eu sou, do que é a minha história, para que eu possa ser lembrada a qualquer tempo, para quem saibam quem eu sou e quem eu fui.
Um sonho que só cresceu quando conheci nossa atual miss Brasil deficiente visual, Karolline Salles, uma pessoa maravilhosa e linda, minha fonte de inspiração, meu exemplo de pessoa, de vida, de tragetória, só uma entre algumas pessoas do movimento cego que admiro profundamente e por quem tenho grande apreço.
Hoje eu queria expressar o meu carinho, mesmo sem conhecer a Karoll pessoalmente.
Encantada fiquei com a forma com gentilmente Karoll me respondeu quando lhe enviei uma mensagem ppedindo orientações a respeito do concurso.
Uma admiração que só se fez crescer quando despendi minha tarde de ontem ouvindo atentamente suas entrevistas e dicas, num exemplo de humildade e de pessoa linda que estou tendo tanto prazer em conhecer.
É uma honrra tão grande para mim tê-la como amiga...
E vocês depois de ler tudo isso, para os que tiveram pasciência de chegar a esse ponto do texto, nesse momento já estão se perguntando
Mas o que é ser miss para a Taís afinal?
E eu lhes respondo:
Ser miss para mim começa em cada dia quando acordo
Está em cada dia que eu venço a vontade de ficar deitadinha
Ser miss está em enfrentar o vento minuano e frio do sul e ir apezito pra academia lutar por um sonho
Ser miss está em apresentar a monografia e obter a graduação na faculdade de direito
Aí eu vou poder dizer: eu sou alguém.
Ser miss está na humildade de olhar para a própria alma e ter a sensibilidade de perceber que a mudança também ocorre – e começa – aqui dentro, e que a alma também precisa de mudança, uma revisão geral, uma limpeza, às vezes muito maior do que o cuidado com o corpo
É perceber que a alma também precisa de cuidado e de carinho, de superar certas coisas, deixar as coisas ruins para trás
De superar certos medos internos, de se superar, recuperando assim a autoconfiança, a auto-estima e a certesa de que eu preciso acreditar em mim para que as pessoas apostem em mim.
Ter essa sensibilidade para mim é fundamental, saber reconhecer aquele momento em que além do corpo, a alma também pede por um carinho
Ser miss está na prática de boas leituras que elevam o espírito, bem como em adquirir novos conhecimentos, pois na minha opinião o conhecimento é fonte inesgotável de sabedoria. Explorar, acrescentar, agregar novos conhecimentos ao nosso ser nunca será demais, estudo, muito estudo, estudo incançável, nunca será tarde para aprender coisas novas.
Ser miss está na gentileza para com o seu próximo, em dar um bom dia, agir com educação.
E é claro que ser miss está no cuidado e no amor, no amor próprio, em cuidar bem do corpo e da alma, nos cuidados com beleza, postura, elegância, feminilidade, no andar bonito, na maquiagem, mas principalmente no cuidar bem, nos 3 níveis, corpo, alma e mente, harmonizando as 3 belezas em um conjunto inigualável.
Ser miss para mim está em cada luta que eu venci até aqui e em cada luta que eu ainda vou vencer até esse dia chegar.
É uma luta que para mim começou com mais de um ano de antecedência e que se renova a cada dia em busca de um propósito firme.
Por isso eu rezo para nunca me esquecer daquele Deus que jamais se esqueceu de mim
Eu rezo para tornar-me forte diante da inveja de pessoas que querem me ver para baixo
Rezo para ser superior a esse tipo de sentimento
Eu rezo para que as ondas fortes e atraentes do poder jamais me invadam fazendo-me esquecer quem eu realmente sou
E que jamais se perca a minha essência
Sempre me lembrarei que sou a cega que veio do interior do RS.
Carazinho me fez e eu não quero jamais me esquecer disso.
E no dia da vitória quando eu for entrevistada eu não vou esquecer de agradecer aos meus treinadores lindos Iorran e Luciano, aos patrocinadores, a todos da minha equipe e a ACADEV, associação que tenho tanto orgulho de ter ajudado a fundar, que representarei com grande orgulho.
Minha história no movimento cego, aqui no interior se dá pela ACADEV, associação que ajudei a fundar em Carazinho juntamente com minha mãe e tantas pessoas maravilhosas que contribuíram e contribuem ativamente para que nossa associação cresça e prospere sempre mais!
Hoje sou também conselheira fiscal da Apace – Associação passofundense de cegos- atuando sempre que me é solicitado em prol das questões internas da entidade.
Não tenho nenhuma dúvida de que nosso país não poderia estar melhor representado pela beleza e simpatia da Karolline Sales.
Se um dia o meu sonho se realizar... No minuto exato da vitória eu quero lembrar que tudo que houver conseguido veio com muita conquista. Quero me lembrar da luta que tracei a cada dia em busca desse objetivo, pois nada terá vindo de graça, assim como nada na vida vem. Tudo na vida é luta, é garra, é esforço, é conquista.
No instante exato da vitória eu quero lembrar dessa tragetória, rever cada sena desse filme.
E sobretudo nas entrevistas, mesmo quando eu deixar de ser a cega do interior e conquistar um espaço dentro do movimento cego, que eu jamais me esqueça de onde eu vim e de cada um que contribuiu para que esse momento pudesse acontecer, pois nada na vida se faz sozinha e eu não seria nada sem a minha super equipe, a melhor do Universo inteiro.
Por meio desse texto enorme, para os que pascientemente ainda lêem até aqui, eu gostaria de deixar meus mais sinceros e carinhosos agradecimentos.
Obrigada:
Mãe, companheira, transcritora, motorista, amiga, guia vidente, multifuncional, incançável, maravilhosa e perfeita, pois sem você e sem papai nada disso existiria, por terem lutado incançavelmente, por terem me incluído, enfim...
Professora Juracema, professora, amiga, segunda mãe, que me alfabetizou, me incluiu na escola, me ensinou orientação e mobilidade, atividades da vida diária, me construiu, me fez quem sou com seus ensinamentos, seus valores, sua amizade e seu carinho, muito mais que uma professora uma mestra por excelência, presente ativamente na minha vida dos 01 aos 17 anos, responsável por muito do que eu sou.
A você Juliana Freitag, irmã linda, treinadora, amada, que acreditou nesse sonho e me deu a maior força.
Meus agradecimentos também a você Karolline Fernandes Sales, porque mesmo sem saber pelo seu exemplo mudei a minha vida, me transformei como pessoa, me descobri como mulher e você me deu asas para sonhar, acreditar e ir mais longe.
A amiga Josiane França, pela amizade, carinho e porque sem ela talvez eu jamais tivesse chegado ao mestre
Ao mestre Henrique Leques, pois através dele e da agência Anjo da Moda HL aos poucos o meu sonho vai se tornando cada vez mais real. Obrigada mestre pelo carinho, amizade, e por ser cada vez mais o transformador do meu sonho em realidade.
Obrigada a ACADEV, representada na pessoa do Fabio Zanetti, também por todo o carinho e por me proporcionar cada vez mais alegria e orgulho de ser co-fundadora desta entidade
À Apace – Associação Passofundense de Cegos – que me consedeu o cargo de conselheira fiscal da entidade
Obrigada a cada um que acreditou em mim quando eu era apenas um bebê, ajudando na campanha SOS Taís, promovida por meus pais na época para arrecadar fundos para que eu fosse aos Estados Unidos realizar as sirurgias no olho esquerdo, pois graças a cada um de vocês isso foi possível. Fiquei cega sim, mas todo o possível foi feito e meus pais seguiram lutando.
E eu sou muito feliz por ser cega, aqui estou, me formando em direito e ainda com muitos sonhos...
Obrigada aos meus treinadores, antigos e atuais: Andréia Vitória Reis, Douglas Alan Ludwig, Jonas Berté, Luciano e Iorran Felix, pela dedicação nos treinos, pela amizade, enfim por tudo.
Obrigada À Studio Personal Fitness, representada pela pessoa do Vladinei Meireles, por topar de imediato o desafio.
Muito obrigada a cada um de vocês...
Meu nome é Taís da Rocha, 23 anos, 1.63 de altura, 59 quilos – mas quero 58-, formanda em direito e conselheira fiscal da APACE.
Uma qualidade? Autêntica – embora talvez eu deva mudar isso se for miss -.
O que eu tenho? O direito como profissão e um sonho na bagagem.
Patrocínio? Now, by myself only.
Um lema? O possível ou o impossível é você quem faz. #KarolléLinda #KarollMeInspira #MissDV2015 #UmSonhoPossível
PS: Peço desculpas por eventuais erros de português presentes nesta postagem.
Para os amigos do facebook, falou Taís da Rocha.
Um grande beijo e paz no coração de todos.

Bem vindos!

Olá amigos, sejam todos muito bem vindos à página oficial do Blog Vida De Miss!
É com imensa alegria que após alguns pequenos contratempos hoje estou lançando a página oficialmente no ar!
Esta é a primeira postagem do blog e eu gostaria de dar as boas vindas a todos os visitantes desta página, feita por e para as pessoas com deficiência, sobretudo a visual!
Neste espaço vocês encontrarão muitas dicas de beleza, entrevistas com modelos (cegas e enxergantes), dicas de moda inclusiva e todos os detalhes da trajetória que envolve a minha preparação para o concurso Miss Deficiente Visual!
Para entender melhor a finalidade deste blog, recomendo que visitem a cessão "objetivos do blog" que contém todas as informações sobre as finalidades da página.
Aproveitem muito as postagens disponibilizadas, espero que gostem!
E claro, para sugestões, críticas, opiniões e todas as coisas do gênero, não deixem de enviar seus comentários nos posts ou visitem a cessão contato para falar diretamente comigo!
Estarei sempre pronta para ouvir e responder as sujestões, críticas, opiniões e quaisquer considerações de todos!
Esta página foi construída por e para as pessoas com deficiência e não teria sentido sem a participação delas, portanto sintam-se à vontade!
Para facilitar as respostas no blog, rescentemente integrei minhas contas de e-mail em um único cliente. Assim, responderei prontamente a todas as considerações dos leitores tão logo eu as receba!
A respeito da imagem do banner, presente logo depois do título "Vida De Miss: Moda, Diversidade e Inclusão", gostaria de ressaltar que esta possui uma descrição breve e pouco detalhada devido ao curto espaço na descrição do blog. Eu coloquei esta descrição (ainda que breve) para garantir que os deficientes visuais que visitarem a página terão uma compreensão das fotos. A despeito disso, já recebi um comentário de uma leitora falando que sentiu falta de uma descrição mais detalhada da imagem. Assim, farei um post específico com a descrição detalhada que a imagem realmente merece.
Um cordial abraço a todos, e eu declaro oficialmente inalgurada a página oficial do blog Vida De Miss!